E mesmo depois de superar e seguir em frente, sempre vai ter aquela
pessoa que você sabe que não te faz bem, mas que para seu mundo com um sorriso.
Aí
você acaba desejando, inconscientemente que ela pare de sorrir para que seu
mundo volte a girar.
Seus amigos a odeiam, você conhece todos os defeitos dela, e são
os defeitos que você não aceitaria em ninguém, mas nela, ah, eles ficam
menores, menos graves, quase fofos. E você
sabe que não é amor, nem paixão, nem carinho, nem afeto, nem admiração. Você
sabe o que não é, mas ainda não descobriu o que é.
E é esse não saber que não te deixa esquecer. Parece que para por
um ponto final nessa história, para fechar esse ciclo, falta alguma coisa, uma
denominação, algo que caracterize esse sentimento, se é que isso pode ser
chamado assim. É essa procura estúpida por algo que defina o frio na barriga, a
falta de palavras, seu sorriso bobo, sua vontade incontrolável por aquele corpo
que te prende a ela, e você nem tem mesmo certeza se quer se soltar.