Tentar definir nossos próprios sentimentos já é estranho, definir os sentimentos dos outros é patético.
Não é porque sua vida é linda que a de todo mundo vai ser, não é porque seu amor não deu certo que ninguém sabe amar.
Só quem sente sabe. Só o dono do sentimento sabe o tamanho, a proporção e a veracidade dele. E mesmo sendo dono é impossível definir com absoluta certeza.
Então por favor, se é que eu posso pedir alguma coisa a essa altura do campeonato: Fica na sua, pára de generalizar o sentimentos dos outros baseado na sua desilusão.
terça-feira, 26 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Quando 'eu te amo' fica pobre.
É engraçado como a gente tem essa mania louca de querer resumir tudo em palavras. Palavras. Acho que foi o modo mais eficaz que encontramos pra externar opiniões, pensamentos e algumas vezes até sentimentos.
Sentimentos. Sentimentos são impossíveis de ser resumidos em palavras. Qualquer sentimento, qualquer um. E todo mundo cresce ouvindo isso, que é quase irracional querer falar o que se sente. Sentimentos são pra sentir não pra dizer.
Mas o tempo passa, e sinceramente, eu acredito muito que no intervalo entre a infância e a velhice todos nós ficamos mais imbecis se é que vocês me entendem. A gente perde a essência da criança que a gente era, e só vai recuperar lá na frente, quando a vida chega quase no fim.
E nesse intervalo, a gente esquece de muita coisa importante. Deixa de dar valor a muita coisa importante pra reverenciar coisas fúteis sabe? E uma das coisas que a gente misteriosamente esquece, é de parar de tentar explicar o que a gente sente, e simplesmente sentir. Começamos uma busca totalmente sem sentido, de palavras que possam passar pro outro o nosso sentimento. E isso não existe.
Eu faço isso o tempo todo, tento fazer com que as pessoas entendam meus sentimentos. Foi quando eu percebi que a palavra 'amor' já não era suficiente. Mas amor é o sentimento mais sublime, no mais alto posto dos sentimentos. Eu falo 'eu te amo' e sinto que falta alguma coisa, tô perdida? Completamente.
Parei pra pensar e descobri que esse sentimento que eu me esforço tanto pra dizer, não existe. Não é amor, não é paixão. Não tem nome por que ele não nasceu pra ser dito, ele foi concedido a mim pra ser sentido, da maneira mais pura que existe. Esse sentimento não existe por que ele é só meu. É meu. E é com você que eu quero dividi-lo. Sem palavras.
'Eu te amo' era a frase mais forte que eu conhecia, que carregava a maior responsabilidade do mundo por que trazia com ela a parte mais oculta de um coração. Mas com você, 'eu te amo' ficou simples demais.
x E y / x - y = Ø
Sentimentos. Sentimentos são impossíveis de ser resumidos em palavras. Qualquer sentimento, qualquer um. E todo mundo cresce ouvindo isso, que é quase irracional querer falar o que se sente. Sentimentos são pra sentir não pra dizer.
Mas o tempo passa, e sinceramente, eu acredito muito que no intervalo entre a infância e a velhice todos nós ficamos mais imbecis se é que vocês me entendem. A gente perde a essência da criança que a gente era, e só vai recuperar lá na frente, quando a vida chega quase no fim.
E nesse intervalo, a gente esquece de muita coisa importante. Deixa de dar valor a muita coisa importante pra reverenciar coisas fúteis sabe? E uma das coisas que a gente misteriosamente esquece, é de parar de tentar explicar o que a gente sente, e simplesmente sentir. Começamos uma busca totalmente sem sentido, de palavras que possam passar pro outro o nosso sentimento. E isso não existe.
Eu faço isso o tempo todo, tento fazer com que as pessoas entendam meus sentimentos. Foi quando eu percebi que a palavra 'amor' já não era suficiente. Mas amor é o sentimento mais sublime, no mais alto posto dos sentimentos. Eu falo 'eu te amo' e sinto que falta alguma coisa, tô perdida? Completamente.
Parei pra pensar e descobri que esse sentimento que eu me esforço tanto pra dizer, não existe. Não é amor, não é paixão. Não tem nome por que ele não nasceu pra ser dito, ele foi concedido a mim pra ser sentido, da maneira mais pura que existe. Esse sentimento não existe por que ele é só meu. É meu. E é com você que eu quero dividi-lo. Sem palavras.
'Eu te amo' era a frase mais forte que eu conhecia, que carregava a maior responsabilidade do mundo por que trazia com ela a parte mais oculta de um coração. Mas com você, 'eu te amo' ficou simples demais.
x E y / x - y = Ø
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Hoje eu vim falar de morte.
Cada um lida com ela de um jeito, mas sinceramente não acredito que exista alguém que esteja preparado pra ela.
Acredito que a minha própria morte vai ser a menos dolorosa da minha vida. Eu vou morrer, vou estar morta pra sentir a minha falta ou pra chorar no meu enterro.
A morte de alguém próximo, isso sim nos afeta.
Eu, com meus 19 anos e 3 meses de vida, só tive que lidar com a tão temida morte uma vez. Minha bisavó. Eu a amava, até que um dia (lembro perfeitamente) minha mãe chega em casa completamente serena e me pergunta: 'filha, vai comer na vizinha pra gente ir' 'ir pra onde mãe?' 'pro velório de vovózinha'. Fiquei estática. Minha mãe arregalou os olhos: 'filha, achei que você já soubesse, me desculpa. Agora vai lá comer e põe um casaco porque tá frio na rua'. Entrou pro quarto e fechou a porta.
Fiquei na sala, sozinha, sem saber o que fazer e me sentindo a pior pessoa do mundo por não conseguir chorar. Eu tentei, tentei. 'Eu que choro assistindo novela não consigo chorar pela morte da minha bisavó?' era tudo que eu conseguia pensar.
No velório foi a mesma coisa, um pouco pior por ver tantas lágrimas sendo derramadas, por parentes, amigos...nenhuma minha. Depois de horas de lamento, foi o momento do enterro. Fomos caminhando, velando o corpo até a cova, silêncio, cada um fazia sua oração silenciosa, sua súplica, ninguém mais chorava. O corpo de uma pessoa maravilhosa foi descendo, descendo por um buraco feito no chão. Quando o primeiro grão de terra tocou aquela mulher que eu tanto admirava e amava, eu simplismente desabei. Foi naquele momento que eu entendi que eu nunca mais tornaria a vê-la. Eu caí aos prantos, meus tios me segurando, todo mundo foi saindo, entrando nos carros, eu não conseguia ir embora, não conseguia sair dali sabendo que aquela foi a última vez que tinha visto o rosto dela. Até que ouço minha mãe: 'Iarinha sempre foi assim, sempre demorou mais que todo mundo pra entender e lidar com as emoções e sentimentos'.
Eu demoro. Brinco. Faço piada. Finjo não ligar porque eu sei que quando eu lido com isso, dói demais. Não sei lidar com a dor da perda. Mas afinal, alguém sabe?
Acredito que a minha própria morte vai ser a menos dolorosa da minha vida. Eu vou morrer, vou estar morta pra sentir a minha falta ou pra chorar no meu enterro.
A morte de alguém próximo, isso sim nos afeta.
Eu, com meus 19 anos e 3 meses de vida, só tive que lidar com a tão temida morte uma vez. Minha bisavó. Eu a amava, até que um dia (lembro perfeitamente) minha mãe chega em casa completamente serena e me pergunta: 'filha, vai comer na vizinha pra gente ir' 'ir pra onde mãe?' 'pro velório de vovózinha'. Fiquei estática. Minha mãe arregalou os olhos: 'filha, achei que você já soubesse, me desculpa. Agora vai lá comer e põe um casaco porque tá frio na rua'. Entrou pro quarto e fechou a porta.
Fiquei na sala, sozinha, sem saber o que fazer e me sentindo a pior pessoa do mundo por não conseguir chorar. Eu tentei, tentei. 'Eu que choro assistindo novela não consigo chorar pela morte da minha bisavó?' era tudo que eu conseguia pensar.
No velório foi a mesma coisa, um pouco pior por ver tantas lágrimas sendo derramadas, por parentes, amigos...nenhuma minha. Depois de horas de lamento, foi o momento do enterro. Fomos caminhando, velando o corpo até a cova, silêncio, cada um fazia sua oração silenciosa, sua súplica, ninguém mais chorava. O corpo de uma pessoa maravilhosa foi descendo, descendo por um buraco feito no chão. Quando o primeiro grão de terra tocou aquela mulher que eu tanto admirava e amava, eu simplismente desabei. Foi naquele momento que eu entendi que eu nunca mais tornaria a vê-la. Eu caí aos prantos, meus tios me segurando, todo mundo foi saindo, entrando nos carros, eu não conseguia ir embora, não conseguia sair dali sabendo que aquela foi a última vez que tinha visto o rosto dela. Até que ouço minha mãe: 'Iarinha sempre foi assim, sempre demorou mais que todo mundo pra entender e lidar com as emoções e sentimentos'.
Eu demoro. Brinco. Faço piada. Finjo não ligar porque eu sei que quando eu lido com isso, dói demais. Não sei lidar com a dor da perda. Mas afinal, alguém sabe?
sábado, 9 de julho de 2011
Melhor que o resto do mundo
Tenho um problema. Um problema bem sério pra ser sincera, que eu não faço a menor idéia de como resolver.
Me acho melhor que o resto do mundo. Sempre penso: 'nossa como fulaninho é dal, se fosse eu no lugar dele jamais faria isso'. O problema tá aí. Só descubro como agiria se fosse fulaninho se eu passasse exatamente pelas mesmas coisas que ele, o que é impossível.
Sempre acho que tenho razão, que sou a que mais sofro, a que merece mais atenção...até quando?
Já fiz tanta coisa que não precisava por me achar esperta demais, preparada pra tudo sabe? Na verdade, eu não tava/estou preparada, nunca estive, nunca vou estar. Tenho que parar de pensar que posso controlar tudo o tempo todo, que posso tentar mudar tudo a hora que quiser.
Existem coisas que não mudam só porque a gente deseja. Existem coisas que mudam mesmo quando a gente tenta impedir. A vida é assim, e eu sempre disse que é isso que eu gosto nela, ela é imprevisível cara. É perfeita assim, meio confusa, bagunçada.
Tenho que aprender a dar um passo de cada vez, como todo mundo faz, como deve ser. É seguro assim. Tenho que parar de tentar dar saltos, atropelar as coisas sabe?
Espero que Deus me abençoe porque eu reconheço que não sou nada e quero mudar. Quero mudar não só pelas pessoas que eu amo mas por mim também. Porque não sou mais que ninguém mas sou melhor do que eu venho sendo.
Me acho melhor que o resto do mundo. Sempre penso: 'nossa como fulaninho é dal, se fosse eu no lugar dele jamais faria isso'. O problema tá aí. Só descubro como agiria se fosse fulaninho se eu passasse exatamente pelas mesmas coisas que ele, o que é impossível.
Sempre acho que tenho razão, que sou a que mais sofro, a que merece mais atenção...até quando?
Já fiz tanta coisa que não precisava por me achar esperta demais, preparada pra tudo sabe? Na verdade, eu não tava/estou preparada, nunca estive, nunca vou estar. Tenho que parar de pensar que posso controlar tudo o tempo todo, que posso tentar mudar tudo a hora que quiser.
Existem coisas que não mudam só porque a gente deseja. Existem coisas que mudam mesmo quando a gente tenta impedir. A vida é assim, e eu sempre disse que é isso que eu gosto nela, ela é imprevisível cara. É perfeita assim, meio confusa, bagunçada.
Tenho que aprender a dar um passo de cada vez, como todo mundo faz, como deve ser. É seguro assim. Tenho que parar de tentar dar saltos, atropelar as coisas sabe?
Espero que Deus me abençoe porque eu reconheço que não sou nada e quero mudar. Quero mudar não só pelas pessoas que eu amo mas por mim também. Porque não sou mais que ninguém mas sou melhor do que eu venho sendo.
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