Já reparou que a gente tá sempre desprezando o passado e superestimando o futuro? Mas é no presente que se vive. Como o próprio nome já diz, é um presente que nos foi dado de regermos nossas vidas, aqui e agora. Cada pequena erro e acerto faz parte da construção de nós mesmos.
O futuro nunca vai chegar. O futuro é o presente de amanhã. E nós somos o que decidimos hoje.
E eu fico pensando. Sempre imaginei o dia em que eu fizesse 18 anos, que eu ia pegar minhas coisas, sair de casa, ir atrás do meu futuro, do meu destino. E eu fiz 18 anos, eu saí de casa, não necessariamente pra ir em busca do meu destino, talvez tenha sido mais pra fugir dele, mas isso não vem ao caso. O ponto é que essas coisas eram totalmente utópicas a alguns anos atrás. E alguns anos atrás não tá tão longe assim.
Como uma garota que não sabe nem fazer um miojo sem ficar aguado demais é capaz de morar longe da asa dos pais? Impossível. Mas eu estou aqui, e eu sobrevivi a um semestre. O primeiro de muitos eu espero.
E hoje eu tô com uma vontade louca de escrever sobre meu ano. Não foi sobre isso que eu vim falar, BUT, o blog é meu né galerê.
2010. Eu lembro de ter feito listas do que eu queria fazer nesse ano. E eu fico realmente realizada em olhar pra ela e poder colocar 'ok' em praticamente tudo.
Eu nunca fui muito aberta com as pessoas. Sou brincalhona, entrosada, mas demoro a me mostrar verdadeiramente. Em 2009 eu tive o dom de fazer pessoas sofrerem pela minha falta de sensibilidade, e no final do ano eu lembro de ter pedido a Deus que me colocasse no lugar dessas pessoas, que eu pudesse sofrer pra aprender a não ser tão estúpida.
Cuidado com o que deseja, você pode conseguir. E eu consegui. Acho que Deus é sempre muito bacana comigo e eu tenho que ser realmente grata por tudo que Ele faz na minha vida. Mas sofrer não é legal, e eu fui descobrir isso esse ano. Foram inúmeros problemas, de todas as naturezas imagináveis.
Em 2010 descobri que pessoas são capazes de fazer loucuras por amor. São capazes de prejudicar quem seja para proteger quem ama e isso nem sempre é bom. Aprendi que o amor não as vezes não é suficiente, o que é uma pena. Aprendi o verdadeiro sentido da amizade.
Ah, a amizade. Em 2010 eu perdi muitos amigos, por besteirinhas, falta de comunicação, conflito de interesses. Eu sofri tanto, e ainda sofro. A sensação de ser abandonada por pessoas que você esperava poder contar por toda a sua vida é péssima, mas a recompensa é descobrir em pessoas que você nunca imaginava um porto seguro, um ombro nos momentos difíceis. Eu posso dizer com todas as letras que se não fossem meus amigos me dando suporte esse ano eu não sei como eu estaria hoje, na verdade eu não sei se eu estaria...
Em 2010 eu me livrei de um amor platônico, ALELUIA. Eu me apaixonei e me apaixonei outra vez. E não se esqueça, amar é quase uma dor. Amor. Eu pedi tanto por ele que Deus me deu em dobro esse ano (dor em dobro), mas eu aprendi que quando se tem amor próprio nenhuma dor é pra sempre. Aprendi que tudo passa, e que nada dura pra sempre. Finais felizes podem não existir, não do jeito que a gente planeja. Na verdade, quase nada na vida acontece do jeito que a gente espera, e isso pode ser incrível, só depende de como eu vou encarar os imprevistos que surgirem no caminho. E eles vem, ô se vem.
2010 foi um ano fantástico pra mim, praticamente inacreditável. Tanta coisa aconteceu, e tanta coisa ainda pode acontecer.
